As palavras emaranham-se umas nas outras ao som das vozes que as proferem, como numa dança tensa, contida e incompleta.
Se conseguisse, faria apenas. Mas nem o corpo chega. Falta sempre a razão. Falta sempre a explicação. Falta sempre a compreensão. Falta sempre o para onde. Falta sempre o depois. Falta sempre…
Afinal o tempo não serve para nada. E se pensava que era no tempo que procurava a falta, pensava errado. Não há tempo.
O que há apenas é alguma coisa de indizível, indecifrável e tão suprema que nem nome tem para nós, as pessoas… Será isto?
É uma balança desequilibrada, esta que usamos com as palavras num prato e a metade de nós que é do outro, no outro prato. As palavras, com as razões que evocam, são tão pesadas que metade de nós nem morre, porque não vivia... Apenas se volatiliza e transforma-se em ar frio…
Afinal o tempo não serve para nada. E se pensava que era no tempo que procurava a falta, pensava errado. Não há tempo.
O que há apenas é alguma coisa de indizível, indecifrável e tão suprema que nem nome tem para nós, as pessoas… Será isto?
É uma balança desequilibrada, esta que usamos com as palavras num prato e a metade de nós que é do outro, no outro prato. As palavras, com as razões que evocam, são tão pesadas que metade de nós nem morre, porque não vivia... Apenas se volatiliza e transforma-se em ar frio…