Construções estivais 7

Em jeito de epílogo, suspendo a reflexão em torno deste acontecimento com um registo em vídeo de um breve momento do habitar do abrigo, 
construído por vários corpos, para vários corpos.
Um lugar no lugar. Um novo território de partilha.



Grata a todos os que participaram, deixando-se contagiar pela curiosidade e descoberta de novos territórios.

Para Inês, Leonor, Simão, Marta, Tobias, Tiago, Sofia, Bjorn, Rosa, Vicente, Lourenço, Carla, Thomas, e todos os outros que se aproximaram.

Construções estivais 6

 Ou como caminhar sobre as águas












A relação que estabeleço com o lugar contagia-se pelos sentidos, pela emoção e pelo afecto.












Da relação nascem ideias, vontades, acções. Coisas que acontecem e deixam um rasto, pontas soltas, fios ao vento.



























Fios que outros corpos agarram com os seus sentidos, com a sua emoção e o seu afecto. E constroem outras coisas que, por sua vez, acontecem.
























E os fazem, surpreendentemente, caminhar sobre as águas, deixando também elas um rasto que outros corpos irão encontrar.


Para o Tobias, com muito afecto.

Construções estivais 5



















ressonâncias 

repercussões



















sobre a poética do espaço

Construções estivais 4

A orientação do olhar organiza os elementos.


horizontal vertical










oblíquo



Construções estivais 3

O vento também apela à construção.
Outro corpo construtor me surpreende.

Construções estivais 2







A areia é a ligação à terra.

Agora,
as matérias ganham destaque.

Os olhares focam-se nas proximidades.


As canas espalhadas pelas marés têm vários comprimentos e espessuras, umas ainda verdes e outras mais gastas pelo tempo.




Restos ressequidos de cordas de redes que se perderam nos seus nós.









As matérias estão à disposição para serem organizadas, articuladas entre si, reatadas à terra.

O corpo precisa de sombra.



O corpo constrói o seu abrigo.




Construções estivais 1




Num primeiro momento é o céu e o mar.

















Logo se faz sentir o Sol, a areia quente e luminosa.
Entre a superfície do lugar e os raios quentes do Sol, o corpo procura um abrigo.